sexta-feira, 8 de junho de 2007

INSTRUÇÕES PRIMÁRIAS

1-ainda não recorri à velha agitadora- de- ar comprada aos marroquinos – de origem chinesa ou
taillandesa, quem sabe vietnamita. É que o Vietname, de que se fala tão pouco, ameaça entrar em
concorrência com os seus vizinhos asiáticos do mundo dito capitalista.
Nem sei bem qual a situação polítca actual deste país! Lembro-me da invasão americana, contra o
Norte - comunista: mais de 3 milhões de mortos asiáticos contra perto de 100 000 soldados
norteamericanos, o ter que abandonar o pântano produtor de arroz – mesmo sem ter tempo de
enrolar a trouxa - com o amargo de boca de ver que o minúsculo Ho Chi Minn tinha mesmo
sacudido a sarna belicosa que não dava sossego ao seu rico país- natal.
Ao que parece tudo está pacificado, o país – unificado- continua a produzir arroz e também já
ventoinhas e computadores, que venderá naturalmente em Boston ou em Nova Iorque. Mesmo que
de proveniência comunista.
2 – G-8 reunido na Alemanha – para analisar e discutir as maleitas que afectam este nosso terceiro
Calhau rolante em volta de uma lamparina fixa, condenada ela própria a extinguir-se um dia destes.
Fomes? Guerras? Desastres naturais? Alterações climáticas? Biodiversidade ameaçada? ...blá blá
blá, blá blá blá........
Panaceia para resolver estes problemas todos – BBB (Bush, Barroso, ainda Blair) acreditam nisso- é
levar a democracia a todo o Mundo. Mas uma democracia própria, muito especial, criada a partir
dum soft(Where?) criado por eles para esse fim específico: uma espécie de Disnylândia em que os
brinquedos fossem substituidos por países, e as raparigas que acompanham os miúdos - por obra e
graça de um suave toque de varinha mágica – transformadas em líderes políticos dóceis e
aquiescentes.
No fraco entender deste modesto igrejinhense desautomobilizado não seria solução mas não
deixaria de ser um contributo válido – não tanto tentar instaurar democracias à semelhança de quem
planta beringelas, contibuir, lutando, para o fim das plutocracias instaladas, a que este isolado autor
chamou um dia de MONEYcracias. Que não são só 8, como é fácil concluir.
3- Voltar a Madelein – quando todos os subterfúgios da publicidade para a mediatizar parecem
legítimos: Os Correios em inglaterra divulgam a sua imagem nos envelopes – creio que junto aos
selos.
Qualquer cadeia (digo bem!) de Grandes superfícies, neste país de descobridores, qualquer Loja das
Farturas, Hiper do Rossio, ou semelhante, que se lembre, a pretexto de uma pseudo-filantropia, de
reproduzir a imagem da pobre mártir da miúda nos saquinhos de compras das suas Lojas todas –
essa estará fazendo uma campanha de vendas fabulosa. Muito mais profícua do que bater-se pela
baixa de preços do robalo ou da banana da Madeira!
Estarei a ser cruel?
Fazendo reverter, como se adivinha, uma generosa fatia desses lucros para o fundo criado com o fim
de dar continuidade às buscas da criança.
Patente garantindo exclusividade para todo o mundo – aqui deixo desafio aos empreendedores deste
deserto voluntário.
4- E vou ficar-me por aqui, que ainda tenho que dar uma olhadela ao "Código da Estrada". Estão a
ver!
Um bom abraço – não muito caloroso por via das mudanças que há no clima

2 comentários:

casimiro disse...

Um homem sem automóvel é ainda um Homem!

JR disse...

Eu diria que a falta de carta, leia-se mobilidade,lhe deu o tempo de reflexão, lhe acirrou os ânimos, lhe designou os heróis,leia-se personagens, lhe apontou a trama,lhe apurou o estilo.
Há males e males...
Um abraço