quinta-feira, 5 de julho de 2007

Adrian Bejan

Adrian Bejan – cientista de craveira mundial - está em Évora, a convite da Universidade, para explicar a sua Teoria, de aceitação universal, conhecida por CONSTRUCTAL.

Esta descoberta teórica “constitui novo paradigma de abordagem de estruturas de escoamento complexas em Engenharia e na Natureza”

Estuda e explica, por exemplo, os mecanismos do bater das asas dos pássaros quando voam ( julgo que também dos colibris ao alimentarem-se do pólen das flores, das cotovias -allouettes?- ou libélulas – quando pairam como autênticos helicópteros) . E arrisco ainda que o grande precursor desta mecânica toda – terá sido o fabuloso Leonardo, que em pausa desses estudos exigentes se terá dedicado a pintar insignificâncias como a graciosa Mona Lisa.

Constructal ( vizinha de Fractal? ) pode explicar como se estruturam as bacias hidrográficas; como se processa a ramificação das árvores das nossas matas e jardins; como germinam as sementes ou como se processa a nossa conhecida função clorofilina.

Fiquei com a ideia – do que li – que os seus trabalhos se baseavam também num ramo da ciência – a Termodinâmica – que sempre me atraiu enquanto curioso. Sobretudo a sua lei segunda – conhecida por da Entropia – que diz, o que toda a gente sabe, que tudo o que nasce tende para a morte, toda a energia tende a dissipar-se, o que já produziu trabalho não pode mais ser recuperado.

Tudo, à partida, é energia, ordem, informação. Os átomos muito arrumadinhos, sossegados – até que entram num diabólico desatino, que não pára mais até ao arrefecimento e morte inevitáveis. Veja-se nós: começamos por uma célula minúscula, única – toda ela, repete-se :energia; ordem; informação . A partir de aí, até jogarmos à bola ou pilotarmos carros-de-combate, é uma sucessão de sucessos (????) à mistura com erros sucessivos. Para nós humanos – mas também para os nossos gatos, para as cegonhas das torres das igrejas, para a reacção dos rios às tempestades e às secas, para as nuvens de poeira geradas no deserto.

Julgo, ainda, que o grande trabalho do insigne Professor procura localizar os erros, e, de certo modo, corrigi-los ou tentar minimizá-los, se calhar, digo eu, evitando desperdícios de energia. O piloto de carros-de-combate não deve perder tempo e energias a ter que fixar os limites de velocidade de um veículo de mercadorias, com reboque, numa Estrada Municipal. Digo eu, claro!

Na minha ininputabilidade ( será que se escreve assim?)de diletante, ousaria introduzir aqui uma nova dimensão (variável ?)

Que também todos conhecemos mais ou menos : acaso ou aleatoriedade

E enviaria os meus leitores – entre 30 e 50 em 24 horas – para este exercício pessoal: fazer um diagrama dos algarismos do seu número de telemóvel . Começo pelo meu – fora o indicativo 96- 45 45 787 – um simples quadradinho. Ensaie o seu. E o dos seus amigos, clientes, simples conhecidos que tenha na agenda.

Se algum psicólogo estiver no número dos que têm a curiosidade de me ler – faça pois esse exercício, e dê-se ao trabalho de tentar descobrir correspondências entre os diagramas desenhados e a personalidade dos utentes desses números.

É evidente que esta temeridade do campo do oculto nada tem a ver com o trabalho científico do mestre ilustre que a Universidade de Évora teve a inspiração de convidar.

E, olhe, divirta-se como eu.

abraços

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