sábado, 28 de julho de 2007

DEFORMAÇÃO CONJUNTURAL

1 – António tal-tal, tal-tal..., nascido há 719 011 dias – nesta fase em trabalhos de Carta....
Um dia – com a pressa toda a que somos submetidos – comemoraremos não os anos mas os
minutos; os calendários com ícones religiosos nas paredes das casas de quem crê, e as gajas nuas
por cima do painel de ferramentas da Oficina de Mecânica – esses calendários, não tarda, em vez de
se limitarem a indicar os dias: Setembro/23/2ª.Fª. , indicarão sobretudo as horas: as 24 de cada dia.
2- Os senhores Jardim Gonçalves e Teixeira Pinto andam de candeias às avessas. Não parece – pela
gentileza, se diria até melhor cordialidade com que disputam ceder prioridade quando adregam
encontrar-se nas passagens estreitas.
Quem deve ceder? : o que chegou em último lugar ao estreitamento? O mais leve para o mais
pesado?
E, em caso de necessidade, quem é obrigado a recuar?: O de mercadorias para o de passageiros? O
que sobe para aquele que desce? O que vai sózinho- a favor do que se faz acompanhar de atrelado?
A vida – não só a destes homens, a de todos nós- rege-se por um rigoroso Código de sinais que a
toda a hora temos que ler, interpretar, agir em conformidade com o seu significado. Estabelecidos
em rigorosa hierarquia, que na condução automóvel, bem como na vida, fica assim ordenada:
1 – ordens dos agentes reguladores de trânsito/ directores, chefes de repartição, por aí abaixo até
contínuos
2 – sinalização temporária que modifique o regime normal de utilização da via/despachos internos
emanados da chefia- determinando que as instalações sanitárias sejam adaptadas a Cafeteria, a
Sala de espera “temporariamente” transformada em Gabinete de Reuniôes.
3- sinais Luminosos: toda a iluminação da Repartição. Quem trabalhou comigo na Cooperativa
Hortícola do Divor “não me deixa mentir”: sobre a porta do Gabinete da Administração, e pelo
menos do Director de Produção estavam instalados autênticos semáforos de Estrada: Vermelho;
Amarelo (fixo ou intermitente) e Verde. É verdade, juro!
4 – sinais verticais: que são muitos, e se dividem nas seguintes sub-categorias:
a) – cedência de passagem ( cá está o da nossa alegoria)
b) – de proibição
c) - de obrigação
- de prescrição específica
Ora bem, não vamos alongar-nos na descrição desta interminável sinalética. Só dizer que o
desrespeito pela maioria dos sinais implica o cidadão cair em situação de contra-ordenação, punível
com coima e por vezes sanção acessória, que pode ir da inibição de conduzir por tempo variável até
à pena de prisão.
Quem, dos que têm a paciência de me ler, se lembra ainda de ser passível de multa(5 tostões se a
memória não me falha) cuspir ou lançar lixo para o chão – nas esmeradas Ruas de Évora?
Não será estultícia admitir retorno a essas normas: entrada de Repartição Pública; Casa de
Espectáculos; Hospital; Restaurante; Loja de Chinês – sinal circular azul, com guarda-chuva a
branco: obrigatório depositar o guarda-chuva;
Em coxias ou passagens estreitas entre filas de mesas ou cadeiras – sinal circular azul com seta
branca: sentido obrigatório.
Sinais de proibição – circulares vermelhos, fundo azul, traço oblíquo, a tiracolo, digamos :
proibição de estacionar à mesa dos Cafés fruindo o periódico de eleição;Proibição de FUMAR – esse é já comum em Restaurantes e Repartções públicas, entre outras;
Proibição de falar: Circular vermelho, lábios na horizontal, a branco – selados por adesivo, na
vertical, a preto. Legendado com as respectivas penalizações:
-FALAR MAL ( dos produtos aí servidos): coima de 2 euros
– " " do dono do estabelecimento : coima de 5 euros e inibição de pôr lá os pés entre 15
– dias e 1 mês
– " " das autoridades locais: coima de 7€ e 50 cêntimos , acrescido de inibição de
– frequentar o local entre 2 a 5 meses.
– " " do governo, ou de algum dos seus membros em particular: coima de 20 euros,
agravado com multa e obrigação de voltar a fazer exame da 4ª. Classe antiga ( onde se exaltavam
os valores patrióticos e o respeito devido aos que fazem o sacrifício de nos governarem)

– E pronto, seria assim, isto para não nos alongarmos em demasia, e descurarmos o estudo
propedêutico do simpático Código da Estrada

– abraço a você – pela paciência.

Nenhum comentário: