domingo, 29 de julho de 2007

TRAMPeraturas

Quando as temperaturas – por excesso ou por defeito – põem o que resta das pessoas neste pré-deserto em estado de alerta, ocorre-me, não sei se de forma original, mas isso não me importa muito, falar de TRAMPeraturas.

É o que acontece agora neste meio- de- Verão escaldante – com o mercúrio dos termómetros a aproximar-se dos 45 graus.

Todos os anos, nestas condições, se apela à exaustão para que as pessoas se protejam das radiações ultra-violetas, evitando expor-se ao sol entre as 11 e as 17 horas , ou coisa semelhante. Sobretudo os idosos.

Sabemos que é o que não falta neste território à beira de Saharização total – é gente idosa (até porque já não tem pernas para se safar daqui!): grande parte ainda a trabalhar, já que não logram reformar-se antes de se abeirarem dos 70

Todos os anos também este escriba diletante clama contra a aberração sadocrática que é manter um horário de trabalho que obriga essa gente trôpega a andar de vassoura em punho a varrer Ruas, ou de espalhador de asfalto a disfarçar mazelas numa rede de Estradas esburacadas – às 3 ou 4 horas da tarde, quando o calor está pronto a derreter-lhes as pilhas dos relógios

Porra, que é demais! Não sei até que ponto o SARAMAGO não estará mais uma vez coberto de razão! Têm vergonha de COPIAR o horário de Espanha – aqui mesmo ao lado? Ou será que entre Badajós e Elvas há diferenças de fusos que não justifiquem a medida?

E as autoridades locais? Será que ainda não se aperceberam de que pactuam com uma monstruosidade inominável? Vejam as Ruas da Cidade – isto se não quiserem deslocar-se aos concelhos desertos, às freguesias, às Aldeias em que os habitantes sobrevivem cautelosamente recolhidos.

SARAMAGO, volta! Por mim estás a meio-caminho do perdão

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